O tempo passou rápido. Os primeiros fios brancos já o denunciam. Ontem era a menina com os caracóis a adejar ao vento. Hoje mulher feita. Pergunta ao tempo que passou pelas memorias desse tempo.
O tempo diz é necessário fazer pesquisa. Era ela. Quem lhes moldava os caracóis com uma mistura tão doce. Doce como o amor que por ela sentia. Ele também a presenteava com caracóis. Esses apanhava-os ele quando o tempo não o permitia refeição mais substancial.
Cozinhava-os como ninguém. Nesses dias o manjar era de rei. Ao redor da mesa reinava a alegria. Mas o tempo não é só magia . A realidade está embutida no tempo. É dura brutal aos olhos da menina dos caracóis. Ela não o sabia.
Mas um dia teve um encontro com um tempo que já não existia. Ele ali jazia naquele catre. Ela a menina só compreendeu esse tempo num tempo mais tarde. Perguntou porque estava aquele velhinho ali deitado áquela hora do dia. Estranhava ali a terem levado e porque estaria ele com a boca amarrada.
A explicação foi dada. Ele tinha que viajar de boca fechada. O mundo para onde ia não podia saber o que cá se passava. Ele partia para um mundo feito de música. Onde as palavras não faziam sentido. Só mesmo o som das harpas era permitido. Ela na sua inocência imaginou aquele mundo desprovido de sentido.
Ela parou naquele tempo desprovido de sentido. Nos cabelos da menina os caracóis são dum tempo já feito passado. E à mesa a alegria e os caracóis. Passaram a música de harpa de um tempo que deixara de ter magia. Só a menina dos caracóis não sabia. O tempo já não existia. Mas sabia da falta que o tempo lhe fazia.
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